No decorrer dos anos, muitos pesquisadores elaboraram trabalhos acadêmicos acerca da origem do jiu-jitsu e das artes marciais como um todo, utilizando-se de diversos textos de época, arquivos históricos e até mesmo entrevistas com os mestres marciais. Tais esforços geraram frutos, bem como divergências e polêmicas.
Após vários artigos e livros, obtidos por meio de criteriosas pesquisas científicas, ainda há dúvidas não totalmente esclarecidas. O jiu-jitsu tem, de fato, 2500 anos (o que o tornaria a mais antiga e provável fonte inspiradora das formas de lutas corporais existentes)? Originou-se na Índia, China ou Japão? Afinal, há respostas exatamente concretas para tais questões?
Este artigo não tem a pretensão de elucidar plenamente tais dúvidas, mas sim contribuir de alguma forma nestas questões, gerando mais debates e pesquisas. O artigo que se segue não é fruto de uma mera opinião, muito pelo contrário. É baseado em meu artigo científico de pós-graduação Lato sensu, enriquecido com algumas informações obtidas na internet, por meio de sites sérios.
Após vários artigos e livros, obtidos por meio de criteriosas pesquisas científicas, ainda há dúvidas não totalmente esclarecidas. O jiu-jitsu tem, de fato, 2500 anos (o que o tornaria a mais antiga e provável fonte inspiradora das formas de lutas corporais existentes)? Originou-se na Índia, China ou Japão? Afinal, há respostas exatamente concretas para tais questões?
Este artigo não tem a pretensão de elucidar plenamente tais dúvidas, mas sim contribuir de alguma forma nestas questões, gerando mais debates e pesquisas. O artigo que se segue não é fruto de uma mera opinião, muito pelo contrário. É baseado em meu artigo científico de pós-graduação Lato sensu, enriquecido com algumas informações obtidas na internet, por meio de sites sérios.
Origem do jiu-jitsu
Diversos autores acreditam que o jiu-jitsu surgiu na China. Há, ainda, aqueles que acreditam que surgiu no Japão feudal, tendo em vista que até o termo “jiu-jitsu” é japonês (jujutsu, originalmente), mas esse assunto será melhor tratado mais à frente.
Apesar das muitas contradições, segundo a corrente majoritária, o embrião do jiu-jitsu surgiu há aproximadamente 2500 anos, na Índia, em virtude de sua estreita relação com o Budismo.
Acredita-se que os monges indianos desenvolveram a arte como forma de autodefesa. Frágeis, pequenos e seguidores dos ensinamentos de Buda (que não permitiam a utilização de armas), os monges budistas eram alvos freqüentes de ataques, durante suas peregrinações de fé. Para se defenderem de saqueadores e assassinos, desenvolveram técnicas de defesa pessoal, observando a natureza e os movimentos dos animais. Da Índia, as técnicas de autodefesa chegaram à China e estenderam-se em diversas regiões da Ásia, até que, finalmente, foram introduzidas no Japão.
Apesar das muitas contradições, segundo a corrente majoritária, o embrião do jiu-jitsu surgiu há aproximadamente 2500 anos, na Índia, em virtude de sua estreita relação com o Budismo.
Acredita-se que os monges indianos desenvolveram a arte como forma de autodefesa. Frágeis, pequenos e seguidores dos ensinamentos de Buda (que não permitiam a utilização de armas), os monges budistas eram alvos freqüentes de ataques, durante suas peregrinações de fé. Para se defenderem de saqueadores e assassinos, desenvolveram técnicas de defesa pessoal, observando a natureza e os movimentos dos animais. Da Índia, as técnicas de autodefesa chegaram à China e estenderam-se em diversas regiões da Ásia, até que, finalmente, foram introduzidas no Japão.
O jiu-jitsu no Japão
É sabido que o Japão foi o país que mais desenvolveu as técnicas de defesa pessoal surgidas na Índia, a ponto de a arte ser considerada esporte nacional por lá. No país do sol nascente, a luta sempre esteve ligado ao regime feudal, sendo utilizada por guerreiros armados, os samurais.
Durante séculos, os guerreiros japoneses aperfeiçoaram o jiu-jitsu, originando vários estilos (mais de 100 formas de luta). Cada região do Japão tinha uma espécie de luta corpo-a-corpo, com diversas denominações. Cada uma delas englobava técnicas variadas, como socos, chutes, imobilizações, projeções e ataques nas articulações. Entretanto, o nome genérico desse conjunto de lutas era o ”jiu-jitsu”, expressão japonesa que significa “arte suave”. Por esta razão, alguns autores consideram que a luta surgiu no Japão, mas tal sugestão não é aceita pela maioria dos pesquisadores, embora não possa ser descartada.
No final do século XIX, houve a abertura dos portos no Japão e o país foi grandemente influenciado pelo Ocidente, através das Ciências, das Artes e Técnicas. Nesse período, as armas de fogo ganharam força, pois eram muito mais efetivas para solucionar conflitos do que uma luta marcial.
Durante séculos, os guerreiros japoneses aperfeiçoaram o jiu-jitsu, originando vários estilos (mais de 100 formas de luta). Cada região do Japão tinha uma espécie de luta corpo-a-corpo, com diversas denominações. Cada uma delas englobava técnicas variadas, como socos, chutes, imobilizações, projeções e ataques nas articulações. Entretanto, o nome genérico desse conjunto de lutas era o ”jiu-jitsu”, expressão japonesa que significa “arte suave”. Por esta razão, alguns autores consideram que a luta surgiu no Japão, mas tal sugestão não é aceita pela maioria dos pesquisadores, embora não possa ser descartada.
No final do século XIX, houve a abertura dos portos no Japão e o país foi grandemente influenciado pelo Ocidente, através das Ciências, das Artes e Técnicas. Nesse período, as armas de fogo ganharam força, pois eram muito mais efetivas para solucionar conflitos do que uma luta marcial.
Surge o estilo judô de jiu-jitsu
Há autores que sugerem que o judô surgiu como uma forma de vender ao Ocidente o falso jiu-jitsu, um verdadeiro patrimônio nacional. No entanto, o entendimento mais aceito pelos autores não é bem esse.
O jiu-jitsu era extremamente eficiente, mas seus mais de 100 estilos não possuíam regras estabelecidas, nem mesmo uma padronização pedagógica no ensino das técnicas. Enfim, definitivamente, não era um esporte e as armas de fogo praticamente o tornaram obsoleto.
Preocupado com o futuro desta prática de luta, um culto professor chamado Jigoro Kano introduziu, em 1880, um Novo estilo de jiu-jitsu, eliminando pontos fracos, aperfeiçoando técnicas e conservando o indispensável. Desta forma, surgiu o jiu-jitsu de Kano (como era mais conhecido), ou judô. Sua escola chamava-se Kodokan, que significa “Instituto do Caminho da Fraternidade”.
É sabido que o judô antigo enfrentou e derrotou diversos estilos de jiu-jitsu, mas sofreu derrotas também, inclusive para uma escola que buscava a luta no solo. Compreendendo a importância e a eficiência das técnicas capazes de derrotar a poderosa Kodokan, Jigoro Kano as incorporou ao seu jiu-jitsu, convidando os mestres de tais estilos a ingressarem em sua escola. Para Kano, as derrotas apenas serviam como motivação para aprimorar cada vez mais o seu jiu-jitsu.
É interessante salientar que o jiu-jitsu de Kano, desde o começo, também era conhecido como judô, mas tal denominação só foi oficializada em 1925, pelo Governo japonês. Antes disso, até mesmo os japoneses chamavam a luta de jiu-jitsu de Kano ou simplesmente jiu-jitsu.
O jiu-jitsu era extremamente eficiente, mas seus mais de 100 estilos não possuíam regras estabelecidas, nem mesmo uma padronização pedagógica no ensino das técnicas. Enfim, definitivamente, não era um esporte e as armas de fogo praticamente o tornaram obsoleto.
Preocupado com o futuro desta prática de luta, um culto professor chamado Jigoro Kano introduziu, em 1880, um Novo estilo de jiu-jitsu, eliminando pontos fracos, aperfeiçoando técnicas e conservando o indispensável. Desta forma, surgiu o jiu-jitsu de Kano (como era mais conhecido), ou judô. Sua escola chamava-se Kodokan, que significa “Instituto do Caminho da Fraternidade”.
É sabido que o judô antigo enfrentou e derrotou diversos estilos de jiu-jitsu, mas sofreu derrotas também, inclusive para uma escola que buscava a luta no solo. Compreendendo a importância e a eficiência das técnicas capazes de derrotar a poderosa Kodokan, Jigoro Kano as incorporou ao seu jiu-jitsu, convidando os mestres de tais estilos a ingressarem em sua escola. Para Kano, as derrotas apenas serviam como motivação para aprimorar cada vez mais o seu jiu-jitsu.
É interessante salientar que o jiu-jitsu de Kano, desde o começo, também era conhecido como judô, mas tal denominação só foi oficializada em 1925, pelo Governo japonês. Antes disso, até mesmo os japoneses chamavam a luta de jiu-jitsu de Kano ou simplesmente jiu-jitsu.
O Gracie jiu-jitsu
Com a chegada da Primeira Grande Guerra, muitos japoneses migraram para o Ocidente, para divulgar o antigo judô. Não é à toa que há escolas de jiu-jitsu mundo afora que nada se assemelham ao jiu-jitsu brasileiro.
O mestre Mitsuyo Maeda, conhecido como Conde Koma, viajou para diversos países e, em 1914, escolheu o Brasil para viver. Aluno de Jigoro Kano e altamente graduado, Maeda enfrentou diversos desafios nos países em que passou (inclusive no Brasil), objetivando mostrar a eficiência do judô antigo, ao qual também chamava de jiu-jitsu. Jamais foi derrotado.
A partir daí, é sabido que Mitsuyo Maeda ensinou o jiu-jitsu a Carlos Gracie e este, junto com seus irmãos, divulgaram a luta pelo Brasil. O irmão mais novo de Carlos, Hélio Gracie, desenvolveu a técnica de tal forma que criou um método para quem não possuía força física. Surgia aí o jiu-jitsu brasileiro, ou Gracie jiu-jitsu, o mais eficiente dos estilos de lutas corporais.
Conclusão
Situar historicamente a origem do jiu-jitsu é algo muito complexo, que necessita de uma análise criteriosa, fruto de uma pesquisa séria e fundamentada cientificamente.
Apesar de não responder definitivamente a questão, conclui-se que o jiu-jitsu (não uma luta especifica, mas sim a base de todas as artes marciais) surgiu na Índia, há aproximadamente 2500 anos, sendo inicialmente desenvolvida por monges budistas, como uma forma de autodefesa.
Embora não seja exatamente correto, não é absurdo afirmar que o jiu-jitsu encontrou sua verdadeira pátria no Japão, país que desenvolveu seus mais de 100 estilos.
Por fim, é inegável que o jiu-jitsu desenvolvido pela Família Gracie é nacional. Não é à toa que tal estilo de luta seja conhecido nacional e internacionalmente como jiu-jitsu brasileiro (ou Gracie jiu-jitsu).
(Alexandre Ramalho Leite M. Castro / CREF nº 011504-G/RJ)
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